Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Comunicação

“A Necessidade de uma Mídia Lusófona Global”

“Recentemente dois artigos no Jornal eletrônico galego “Portal galego da Língua” chamaram minha atenção sobre o caso de como é valorizado o galego – português no mundo. E dizer a cultura lusófona ou luso – galaica. Um dos artigos focava sua advertência sobre a grande injustiça que tem sofrido o Brasil – eu acrescentaria toda a Lusofonia – a respeito dos prêmios Nobel.

Em outras ocasiões diários como “El país” (de Espanha) na sua edição especial dos domingos dedicada a negócios tem incluído ao Brasil com um membro mais da cena Latino-americana, comparando o gigante sul Americano e 5ª potência econômica mundial, com países como o Uruguai, a Argentina ou o México... nos dias de hoje com muito menos poder regional e global.

Mesmo alguns autores têm falado abertamente dum Brasil onde espanhol e português vão da mão, quase que em um idílio próprio de um país bilíngue, esquecendo a crescente demanda do português na América do Sul, e no mundo... ou casos como os do Uruguai ou a Guiné Equatorial, onde o português tem categoria de língua oficial.

Porque então se estão a dar estes agravos?

Simplesmente porque ao invés do inglês ou, em menor medida do caso do espanhol, que já são línguas com poder global e presença a nível internacional; o português não está usufruindo do grande poder regional e global que países emergentes como o Brasil ou Angola, estão tendo no cenário atual.

Daí que falemos da necessária criação – para já – duma mídia global lusófona.

Parece mentira que Brasil ou Angola, mesmo Portugal, não tenham pesquisado já esta oportunidade. Uma mídia global lusofonia ofereceria imediatamente um aumento da presença e do poder global da cultura lusófona em todo o mundo.

Facilitaria o relacionamento entre países lusófonos e falantes desta área com o resto do mundo. Implementaria o acréscimo de valor nos PIB de cada país respectivo, subindo a percentagem percebida por receitas derivadas deste labor em empresas, direta ou indiretamente, relacionadas com a cultura e a língua.

Criaria a nível planetário uma marca de cultura no campo da música, literatura, arte, ciência e tecnologia, que proporcionaria mais desenvolvimento, maior número de parcerias e progressivo sucesso em todos estes campos do saber.

Relacionaria ao português com resto as línguas globais em pé de igualdade o qual ampliaria a demanda deste no mundo. Traria também novos insumos no labiríntico universo das tecnologias em rede, ajudando a criar relacionamentos muito interessantes, dentro e fora da lusofonia.

Em fim, muitos mais aspetos que em este artigo não daria espaço para especificar. Mas o mais importante faria dos países lusófonos e do campo lusófono um espaço aberto ao mundo, o qual daria a este espaço lusófono mais capacidade intervenção, relacionamento, criação de pensamento e pelo tanto influência a nível global.

Nada mais a acrescentar.

Aguardo agora potencias como Brasil, Portugal e Angola, darem esse passo decisivo para definitivamente colocar o poder global lusófono no lugar que lhe corresponde pelo peso específico que hoje já tem no mundo.” Artur Alonso – Galiza     in “Portal Galego da Língua”

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