Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Consumo


“Nós estamos construindo no Brasil uma sociedade democrática, em que as pessoas trabalham, isso foi um grande avanço, em 2007, 2008 nós tivemos pela primeira vez no Brasil uma situação em que o número de trabalhadores formais da população economicamente ativa passou a ser maioria, desde que a estatística começou a ser construída nunca tinha acontecido e isso mantêm-se até agora, o que mostra que o trabalho no Brasil é uma fonte de renda fundamental para a classe média e para a classe alta, mas sobretudo para a classe média e é evidente que numa sociedade democrática as pessoas estruturam a sua bolsa de compras de acordo com as suas necessidades.

Não só o carro, como a motocicleta, são fatores fundamentais num país que tem grandes centros urbanos com um sistema de transportes extremamente precário e o trabalhador leva normalmente duas a três horas por dia para se deslocar da sua casa ao seu local de trabalho, além da jornada que sempre ocupa em média 41 horas semanais de trabalho.

Por outro lado as mulheres passaram a entender, e vou dar um exemplo, para garantir o seu emprego elas passaram a entender que para terem um emprego de qualidade elas têm que se cuidar da sua aparência, por isso é que o sector industrial da cosmética e higiene foi o que mais cresceu no Brasil, não é só vaidade, não é uma coisa condenável, é um dado positivo, as pessoas querem-se cuidar, querem aparecer melhor, então eu acho que o gasto é uma matéria onde o governo não vai interferir.

O governo vai cuidar sim no sentido de garantir que o endividamento não seja excessivo, nós estamos nos organizando, já várias iniciativas foram tomadas pelo Banco Central e nós estamos trabalhando juntos para aprofundar o processo de inclusão financeira e de educação financeira para que o cidadão da classe média saiba quanto está pagando de juro, saiba organizar a sua vida, saiba fazer que não se endivide além da sua possibilidade.

Eu creio que no concerne ao endividamento algumas pessoas dizem que ele está excessivo, mas não, o que aumentou foi a base, as pessoas da classe média estão indo ao crédito mas 35% dessas pessoas também poupam, estão abrindo caderneta de poupança, passo a passo nós estamos garantindo a inclusão bancária, a inclusão financeira, desses brasileiros que chegaram recentemente ao mercado de consumo.” Moreira Franco - Brasil

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