Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 8 de dezembro de 2012

Entrevista


Baía da Lusofonia apresenta uma entrevista dada por John James Chairman da JD James&Co ao programa televisivo norte-americano Focus Washington, sobre a Guiné Equatorial, país que tem fronteira marítima com o país lusófono de São Tomé e Príncipe, já introduziu o português como terceira língua oficial, é um país com o estatuto de observador da CPLP e pretende realizar no ano de 2013 eleições gerais.

-Chuck Conconi: Bem-vindo ao FOCUS WASHINGTON. O meu nome é Chuck Conconi e o meu convidado de hoje é John James, fundador e Chairman da JD JAMES&Co, consultor de empresas privadas para a África Central há mais de 10 anos.

John, muito obrigado por ter aceitado o nosso convite e por estar aqui presente no FOCUS WASHINGTON.

-John James: É para mim um prazer poder estar aqui consigo Chuck. Muito obrigado.

-CC: Gostava de falar um pouco consigo sobre a Guiné Equatorial. O que é que o governo local está a fazer para tornar o investimento mais atractivo?

-JJ: Bem, a Guiné Equatorial é de momento, provavelmente, uma das histórias mais dinâmicas em África e seguramente na África Central. Nos últimos 15/20 anos eles tiveram uma evolução tremenda na produção de petróleo e o processo de converter isto em desenvolvimento foi uma tarefa em que eles estiveram totalmente focados e empenhados.

-CC: Quanto à burocracia, como é, em termos práticos, fazer negócios na Guiné Equatorial?

-JJ: É interessante como num pequeno país é possível ter muito mais flexibilidade do que seria possível encontrar em muitos outros locais. E como o governo está tão focado no desenvolvimento, torna-se muito flexível e é fácil estabelecer novos negócios. A título de exemplo, eles possuem um regime fiscal em que, à semelhança dos Estados Unidos, uma empresa nova pode beneficiar de uma isenção de 5/10/15 anos, consoante a área de actividade. Portanto, flexibilidade é a palavra-chave.

-CC: Sendo o desenvolvimento crescente na Guiné Equatorial, como é que compara este país com outros países de África, em termos de investimento?

-JJ: Como consultor ao nível de toda a África Central, desde os Camarões até Angola, não quero destacar nenhum país como meu favorito, mas tenho que dizer que as pessoas são muito amistosas e o clima para negociar é muito favorável e não vislumbramos qualquer problema com as empresas americanas, nunca tendo havido qualquer queixa.

 -CC: Que recomendações faria às empresas americanas?

-JJ: O que recomendaria às empresas americanas? Bem, porque estamos perante um “processo novo” em que o desenvolvimento se estenderá ao longo de vários anos e porque eles vão necessitar praticamente de tudo.

Precisam de apoio técnico, treino e preparação para os seus trabalhadores locais e têm sido muito agressivos a arranjar pessoas que os venham auxiliar, tanto na área dos bens de consumo, recursos naturais, infraestruturas, serviços, tudo isto está em cima da mesa em termos de oportunidades de negócio para as empresas americanas.

-CC: Como se pode tipificar a actual presença das empresas americanas na Guiné Equatorial, no que concerne às características da força de trabalho?

-JJ: Por exemplo o governo tem vindo a investir fortemente na área da educação e eu recordo que eles começaram de uma base muito rudimentar. Por exemplo se necessitar de um advogado especializado pode haver casos em que haja apenas um no país. Mas trata-se de um processo em contínua evolução.

-CC: Quais são as intenções do governo da Guiné Equatorial para melhorar as condições económicas no país?

-JJ: Numa perspectiva a 20 anos a grande preocupação é, claramente, melhorar o nível de vida global da população e do país. Como sabe a Guiné Equatorial tem uma área continental, onde reside cerca de 70% da população, e tem uma ilha onde está localizada a capital e onde está instalada uma off-shore. A preocupação é assegurar o desenvolvimento de ambas as partes para que assim possam beneficiar das vantagens resultantes da exploração do petróleo.

-CC: Ainda temos tempo para uma última questão rápida sobre o sistema bancário, a moeda, repatriação,…

-JJ: Não há qualquer problema com a repatriação nem com o que quer que seja. A Guiné Equatorial é um membro da África francófona, a moeda é o Franco da Guiné, que está indexado ao Euro. Portanto as transações fazem-se sem qualquer tipo de problemas em Francos, Euros e Dólares Americanos. A maior parte das empresas é de origem americana e temos actualmente mais de 25.000 americanos lá em actividade. 

-CC: Muito obrigado.

-JJ: De nada. Foi um prazer ter estado aqui consigo.

Focus Washington – EU América

Tradução: Baía da lusofonia

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