Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Constitucional



Nos últimos dias têm-se assistido a uma tentativa de condicionamento dos juízes do Tribunal Constitucional no sentido de não considerar inconstitucional alguma das normas do Orçamento de Estado para 2013.

Num estado democrático exige-se que cada um cumpra as suas obrigações, com a maior das isenções e sempre pelo respeito da lei, mas o pedido de fiscalização de constitucionalidade de determinados artigos do Orçamento de Estado apresentado ao Tribunal Constitucional pelo Presidente da República, partidos da oposição e agora pelo Provedor de Justiça, tem levado a que figuras públicas, membros do governo, professores de direito, comentadores políticos, tentem exercer as mais diversas pressões, para que os juízes do Tribunal Constitucional esqueçam por uns dias a Constituição do país e não analisem ao pormenor o documento que têm entre mãos, levando o Presidente da República a sentir-se na obrigação de lembrar para quem o quisesse ouvir que “A Constituição não está suspensa”.

É precisamente nos momentos difíceis que assolam uma sociedade, que a Constituição, a lei fundamental de um país é um instrumento indispensável para a defesa dos direitos dos cidadãos, traçando os limites para que não se atente contra a dignidade dos seres humanos, mas há cidadãos ávidos de poder que não querem perder os seus privilégios, muito superiores aos que retiram às pessoas comuns, mas intitulando-se os arautos da democracia, aproveitam-se da ignorância da população, para continuarem com as mordomias que já não conseguem dispensar. Baía da Lusofonia

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