Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Ascensores

Na semana passada, ingloriamente, a Carris começou, uma vez mais, a recuperar a pintura dos ascensores da Glória em Lisboa. Um fim de semana bastou, para voltarem a estar como anteriormente, borrados, havendo um grande desrespeito por estes famosos funiculares, classificados em 2002 como Monumento Nacional.


Estes ascensores que ligam os Restauradores ao Bairro Alto junto ao Jardim de São Pedro de Alcântara percorrem um trajecto de 265 metros, transportando ao longo do ano milhares de passageiros, principalmente turistas que ficam deslumbrados por estes veículos que foram electrificados em 1915, estando próximos de alcançar o centenário.


Desde 24 de Outubro de 1885 que os funiculares da Calçada da Glória fazem um constante sobe e desce, sendo o sistema original de cremalheira e cabo por contrapeso de água, passando mais tarde a ser por vapor. A construção coube ao engenheiro nortenho de origem francesa Raoul Mesnier du Ponsard (1848 – 1914).


Infelizmente, os funiculares que foram respeitados durante décadas, agora estão sujeitos a constantes maus tratos realizados sempre pela calada da noite, quando não há ninguém a guardar os veículos que ficam parados a meio da calçada.


Estes actos fazem-me recordar umas palavras proferidas há dias por alguém responsável, o Prof. Jorge Olímpio Bento que perante um cenário muito mais grave afirmou: “Diz-se que temos a juventude com melhor nível de formação de sempre; todavia a afirmação vê-se desmentido pelos factos. Afinal temos, sim, a juventude com maior grau de “instrução” de sempre. “Formação” é outra coisa bem diferente: tem a ver com índice de consciência, competência, sensibilidade e responsabilização cívica, ética e estética.” Baía da Lusofonia


Para mais informações históricas sobre o ascensor da Glória aceda aqui



                                              Fonte: mariamacaréu.blogspot.com


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