Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Efeitos de estufa

Concentração de gases do efeito estufa regista novo recorde

A presença do CO2 na atmosfera chegou a 393,1 partes por milhão em 2012, 41% a mais do que antes da era industrial.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) acaba de divulgar o Boletim Anual sobre Gases do Efeito Estufa e alerta que a quantidade desses elementos na atmosfera segue subindo, “estimulando a mudança climática que transformará o futuro do planeta por milhares de anos”.

Segundo a OMM, entre 1990 e 2012 houve um aumento de 32% na chamada força radioativa – o efeito do aquecimento sobre o clima – devido às concentrações crescentes de dióxido de carbono (CO2), do metano (CH4) e do óxido nitroso (N2O) na atmosfera.

Desde o começo da era industrial, em 1750, a concentração média de CO2 teria aumentado 41%, a de CH4, 160%, e a do N2O, 20%.



“Nossas observações mostram, mais uma vez, como as atividades humanas estão desequilibrando a natureza de nossa atmosfera e são um importante contribuinte para as mudanças climáticas”, afirmou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.

“O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) em seu quinto relatório esclareceu que as concentrações atmosféricas do dióxido de carbono, metano e óxido nitroso estão acima dos níveis vistos nos últimos 800 mil anos. Como resultado disto, nosso clima está se transformando, ficando mais extremo, e as geleiras estão derretendo, elevando o nível dos oceanos”, completou.

De acordo com o Boletim, a concentração de CO2, que responde por 80% do aumento da força radioativa, sendo assim o principal gás do efeito estufa, chegou a 393,1 partes por milhão (ppm) em 2012.

A quantidade de CO2 subiu 2,2 ppm entre 2011 e 2012, acima da média de 2,02 ppm da última década.

Em alguns meses do ano passado, a concentração do CO2 chegou a ficar acima das simbólicas 400 ppm. Se continuar na atual tendência, já em 2015 ou 2016 a média anual será acima dessa marca.

“Limitar as mudanças climáticas exigirá uma grande redução das emissões. Precisamos agir agora para não colocarmos em risco o futuro de nossos filhos, netos e das futuras gerações. O tempo não está do nosso lado” concluiu Jarraud.


A OMM destaca ainda que a atmosfera é apenas uma parte do problema. Cerca de metade do CO2 emitido pelo homem acaba sendo absorvido pela biosfera e pelos oceanos, não aparecendo assim nas medições da entidade. Instituto Carbono Brasil - Brasil 

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