Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Alta velocidade

“Quando se começou a falar em alta velocidade era para 350 km/h. São linhas que obrigam a investimentos elevados devido às suas caraterísticas, que curiosamente só servem para passageiros. Creio que dificilmente se justificará transporte ferroviário de passageiros em alta velocidade em Portugal porque o mercado é pequeno e não me parece que alguém vá a Paris de comboio. Resta o tráfego para Madrid que também não me parece que seja rentável. O que nos resta é um comboio de alta prestação para mercadorias com uma velocidade de 120 km/h. Naturalmente que nessa linha podem circular comboios de passageiros que até podem ser da tipologia do Alfa Pendular. Para o País que temos uma diferença entre 220 km/h e 350 km/h não se obtêm grandes ganhos. Portanto diria que necessitamos de uma linha de Alta Prestação, ou mesmo de uma linha nova para o Porto (que se calhar até era rentável para tráfegos de passageiros a 220 km/h). A grande aposta desta tutela e da União Europeia é o tráfego internacional de mercadorias, existindo corredores para o efeito.

Em Portugal estamos a prever uma situação de linha de bitola ibérica que contemple a instalação futura de um terceiro carril para bitola europeia. Devemos ter tudo preparado para migrar para a bitola europeia.” Rui Loureiro – Portugal in “Transportes em Revista”

Sem comentários:

Enviar um comentário