Será
o Inverno longo e rigoroso para a Europa?
Bruxelas tem criticado as
parcerias comerciais que os países latino-americanos têm nos últimos dias
desenvolvido com a Rússia esquecendo-se principalmente das queixas que muito
destes países têm feito ao protecionismo dos agricultores europeus, criando
dificuldades à livre concorrência.
Precisamente livre concorrência
é o que países como o Brasil, Argentina, Chile, Equador e Uruguai estão neste
momento a fazer com a Rússia, o quinto maior importador de alimentos do mundo,
ao oferecerem ao mercado russo, os produtos que este proibiu de importar da
União Europeia, EUA, Austrália, Canadá e Noruega.
O principal país da economia
europeia, a Alemanha, anunciou que desde Maio de 2013 as exportações estão a
decrescer para a Rússia, tendo nos primeiros cinco meses de 2014 reduzido em
15%, mesmo antes das medidas tomadas pelo governo russo. Pelo contrário, as
importações alemãs têm aumentado, crescendo 5% também nos primeiros cinco meses
de 2014, sendo 71% do total dos produtos importados óleo mineral e gás natural,
havendo a preocupação da população alemã, ao aproximar-se o Inverno, se o
governo russo resolve ou não, fechar as torneiras destes produtos.
Entretanto o serviço
sanitário da Rússia autorizou mais quatro empresas frigoríficas brasileiras a
exportar para a Rússia, a juntar às 89 anteriormente permitidas a venderem
carnes bovina, suína e de aves, além de miúdos e produtos lácteos.
Esta última autorização
anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo
russo aconteceu precisamente no dia em que foi anunciado o embargo às
importações de carne bovina, suína e de aves, mais peixe, queijo, leite,
legumes e frutos dos países já acima mencionados. Baía da Lusofonia
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