Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Brasil - Pilotos do Porto de Santos preocupados com tamanho dos porta-contentores

Um grupo de pilotos brasileiros estão a pedir às autoridades nacionais de portos, que limitem o comprimento dos navios cuja entrada é permitida no porto do país com maior capacidade, Santos. Um representante dos armadores avisou que poderão haver nefastas consequências se os pilotos conseguirem ver o seu pedido aceite.

O Presidente da Associação Nacional de Pilotos da região de São Paulo/Santos (Conapra), Cláudio Paulino, diz que pretende que exista uma restrição a navios com mais de 266m no porto, visto que uma insuficiência na dragagem faz com que não seja seguro a navegabilidade de navios com comprimento superior, como por exemplo o navio de 300m, o CMA CGM Tigris, que atracou no porto no início de Fevereiro de 2015. Com 10622 TEU, é o maior navio que acostou no Porto de Santos até hoje.

Mas Cláudio Loureiro, Presidente Executivo da Centronave, que representa as empresas estrangeira de longo curso no Brasil, criticou a ideia numa carta à autoridade local do porto, a Codesp. As consequências poderiam ser más para Santos, se o limite actual de 336m, dependendo das marés e localização do terminal dentro do porto, fosse alterado para 226m.

“Estas ideias (da Conapra de São Paulo) trarão um prejuízo à comunidade portuária de Santos. Os custos do frete têm sistematicamente diminuído nos últimos anos em todas as linhas de comércio, devido à intensa competição entre as empresas transportadoras, devido a uma economia de escala que os novos navios fornecem. É claro que o custo por unidade transportada aumenta se reduzirmos o tamanho dos navios.”

Cláudio Loureiro argumenta que o Porto de Santos poderá perder alguns dos seus serviços regulares, se não for permitido a modernização e aceitação de maiores porta-contentores.

A decisão final do pedido da Conapra de São Paulo será tomada pela Secretaria de Portos em conjunto com a Marinha Brasileira.

A empresa francesa de transportes marítimos adicionou este ano o CMA CGM Tigris ao seu serviço SEAS2, ligando 13 portos na China, Hong Kong, Singapura, Malásia e África do Sul com a Argentina, Uruguai e Brasil. É também o quarto numa série de 28 navios na classe porta-contentores entre os 9400 e os 10900 TEU a entrar na frota da companhia. O navio está equipado com as mais recentes tecnologias ambientais que reduzem as emissões de CO2, de acordo com a CMA CGM.

Com um movimento de 3,45milhões TEU em 2013, o Porto de Santos foi o 38º na lista CM’s World Top Container Ports 2014, sendo esta a posição mais elevada alcançada por um porto Sul Americano. Baía da Lusofonia com origem in “JOC”

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