Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Portugal – Íkaros-Hemera empresa de energias renováveis concentra-se no fotovoltaico para empresas


No início de 2015, a legislação mudou e abriu uma janela de oportunidade para muitas empresas portuguesas que surgiram no mercado das energias renováveis. A Íkaros-Hemera, que resulta de uma ‘joint-venture' entre a belga Ikaros Solar e a Hemera Energy, do grupo Quifel, de Miguel Pais do Amaral, é uma das empresas que tem aproveitado a nova legislação focada no auto-consumo.

Em entrevista ao programa Grandes Negócios, Duarte Caro de Sousa, director-geral da Ikaros-Hemera, admitiu que é neste segmento que a empresa está concentrada. Além disso, a empresa tomou a "opção estratégica" de concentrar o negócio numa tecnologia e num segmento de mercado. "Quando começou, a Hemera transformou-se numa empresa com várias valências tanto fazia solar-térmico, como climatização, como biomassa como solar fotovoltaico e a decisão estratégica foi dedicarmo-nos em exclusivo a uma determinada tecnologia (o fotovoltaico) e para um segmento: as empresas".

Uma estratégia que foi delineada depois das constantes "alterações e cortes de tarifas e indefinições sobre o mercado, o que causou muitos estragos no sector. Houve muitas falências. Para Duarte Caro de Sousa, a ‘joint-venture' com a Ikaros Solar para o mercado nacional "permitiu à Hemera ganhar dois a três anos de curva de experiência". A oportunidade surgiu à boleia do desejo de internacionalização do grupo belga, que em 2010 quis deixar de estar exposto apenas ao mercado interno e se quis internacionalizar, procurando empresas parceiras em vários países. Depois de Inglaterra, Portugal foi o Segundo país onde a Ikaros Solar entrou.

Com a nova legislação virada para o auto-consumo, a estratégia da Ikaros-Hemera passa agora por instalar equipamentos de energia solar fotovoltaica que minimizem ao máximo a injecção na rede.

De acordo com Duarte Caro de Sousa, "quando há sol e se está a produzir energia, se houver consumo ao mesmo tempo, os particulares e as empresas estão a consumir directamente a energia que estão a produzir naquele momento, deixando de pagar essa energia à rede e deixando de a vender integralmente. Mas se a produção for excessiva para o consumo, é possível vendê-la à rede mas a um preço muito reduzido, de 90% do preço da OMIE, que gere o mercado grossista de electricidade na Península Ibérica".

Por isso, "quanto mais energia as empresas tiverem de injectar na rede, pior vai ser o retorno do auto-consumo", conclui o director-geral da Ikaros-Hemera.

A empresa está tão empenhada em ganhar mercado neste segmento empresarial que desenvolveu um sítio dedicado ao tema, com todas as perguntas e respostas para as empresas e com as informações sobre os tipos e capacidades dos equipamentos".

Os dados mostram que o potencial de Portugal na energia solar está longe de estar explorado. "Em termos europeus, somos dos países com mais horas de sol. Temos esse recurso que nos foi dado de borla. Entre os 20 principais países europeus, estamos em 16º lugar na instalação de painéis fotovoltaicos e somos dos países com mais horas de sol", explicou o responsável da empresa. Mariana Conceição – Portugal in “Diário Económico”


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