Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Brasil - 1º Emil, Encontro Mundial da Invenção Literária

Com 200 horas de programação totalmente gratuita, acontecerá em São Paulo entre os dias 12 e 15 de novembro de 2015 o 1.º Emil – Encontro Mundial da Invenção Literária. A abertura será no dia 11 de novembro, num evento especial no Museu da Língua Portuguesa, do qual participarão os organizadores, autoridades, escritores e convidados. O Emil será realizado em cerca de 35 locais da cidade de São Paulo, entre 25 livrarias e 10 equipamentos públicos, como centros culturais, bibliotecas públicas e teatros.






















O objetivo do Emil, uma iniciativa comum da Academia Paulista de Letras (APL), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Associação Nacional de Livrarias (ANL), com apoio da Prefeitura de São Paulo, além de diversas parcerias e patrocínios, é estimular o hábito de leitura em todas as idades, promover a cidadania e fortalecer a criação de um Estado leitor. Com uma programação totalmente gratuita ao público, o EMIL contará com mesas de criação e leitura, saraus e sessões de contação de histórias, que permitirão diferentes formas de abordagem, abrangendo todos os perfis de público.

José Luís Peixoto
A programação contará com a participação de 12 autores internacionais: Alberto Santos – Portugal, Inés Bortagaray – Uruguai, Wole Soyinka – Nigéria, Eduardo Halfon – Guatemala, Teolinda Gersão – Portugal, José Eduardo Agualusa – Angola, Yun Dong-jae – Coreia do Sul, Felipe Polleri – Uruguai, Rodrigo Frésan – Argentina, Taran Matharu – Inglaterra, Julián Herbert – México e José Luís Peixoto – Portugal.

Entre os autores nacionais estão Maurício de Sousa, Ruth Rocha, Laerte, Alberto Mussa, Bernardo Kucinski, Andrea del Fuego, André Vianco, Cristovão Tezza, Heloisa Seixas Marçal Aquino. São 105 escritores nacionais e 12 internacionais confirmados, entre eles o prêmio Nobel de Literatura de 1986 Wole Soyinka.

De Portugal há os escritores Alberto S. Santos, Teolinda Gersão, autora de “Árvore das Palavras” e José Luís Peixoto, que escreveu os romances “Morreste-me” e “Cemitério de Pianos”. O objetivo, diz Manuel Costa Pinto, curador do 1.º Emil é ter representantes dos quatro cantos do mundo. Da Ásia, por exemplo, vem o coreano Yun Dong-Jae, autor infanto-juvenil que escreveu “O Guarda-chuva Verde”.

Desta forma, o EMIL deverá estreitar o contato do livro com os públicos infantil, jovem, adulto e idoso, amplificando o poder formativo e educacional da literatura, além de valorizar o papel de dois pilares fundamentais do circuito literário: professores e livreiros, na qualidade, respectivamente, de agentes de incentivo à leitura e de difusão do livro.

Para estimular a relação dos professores com o livro e livrarias, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo irá distribuir quase 80 mil vouchers para os profissionais da rede pública municipal, professores, gestores, corpo técnico e de apoio. O Voucher Educador, no valor de R$ 50,00, é uma das ações do Programa Leia, São Paulo!, da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Associação Nacional de Livrarias - ANL. O prazo para a troca do voucher por livros se dará entre 01/11/2015 e 31/12/2015.

Luiz Torelli, presidente da CBL, considera que eventos como o Emil visam “construir, articular e potencializar o incentivo à leitura, entendendo-a no seu sentido mais amplo, como um processo de compreensão abrangente da realidade e que se apresenta em várias linguagens. A leitura vai, portanto, além do texto, e começa ainda antes do contato com ele. Processo dinâmico, ler implica diálogo entre o leitor e o objeto lido, seja este um texto escrito, uma paisagem, uma canção, ou, o próprio cotidiano que nos envolve”.

Gabriel Chalita, Secretário de Educação do Município de São Paulo e presidente da Academia Paulista de Letras (APL), é um dos maiores entusiastas do Emil. Ele acredita que o movimento deve ter amplo interesse por conta de sua formatação, que consiste na simultaneidade de eventos em várias livrarias da cidade. Além disso, diz ele, há a relevância de autores nacionais e estrangeiros que estão sendo convidados. Sobre os vouchers, ele entende que o professor que lê tem seu trabalho em sala de aula facilitado. “Com o voucher o professor vai a uma livraria e escolhe um livro segundo sua preferência, sem nenhuma imposição por parte da secretaria”.

Para Chalita, o Emil será uma excelente oportunidade de o público ter contato com seus autores e se envolver ainda mais no universo dos livros. “Queremos que o Emil atue como mola propulsora de estímulo à leitura, por isso o caráter amplo e de difusão do livro e das livrarias”.

O 1.º Emil tem curadoria do jornalista e crítico literário Manoel da Costa Pinto e de Manoela Leão, produtora cultural e designer gráfico e editorial. Manoela idealizou e dirige o Litercultura Festival Literário em Curitiba há três anos e participa de outras iniciativas culturais ligadas à literatura desde 2009, como edição, pesquisa, produção de eventos e curadoria em Curitiba, São Paulo, Recife e Florianópolis. Costa Pinto, foi um dos criadores da revista Cult, editou por vários anos uma coluna de literatura na Folha de S. Paulo, foi curador da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty em 2011.

Segundo Costa Pinto, o Emil terá cerca de 100 escritores nacionais e 10 estrangeiros. Ele adiantou os nomes de Paulo Lins, Michel Laub, Raimundo Carrero, Rubens Figueiredo e do angolano José Eduardo Agualusa. “Teremos autores consagrados e escritores pop. O Emil traz para a maior metrópole do País o formato das festas literárias, com encontros informais do público com os escritores e uma programação de saraus e leituras. Mas existem duas diferenças importantes. A primeira é a escala inédita do encontro, com cerca de 20 atividades diárias e muitos escritores brasileiros e internacionais. A segunda é o fato de o Emil acontecer numa grande cidade – ou seja, não exige o deslocamento e a disponibilidade de tempo para viajar que as outras festas literárias supõem. Nesse sentido, o Emil tende a atingir um público mais heterogêneo e de forma mais democrática, inclusiva”, acrescentou Costa Pinto.

Segundo Manoela, se a literatura não é discutida, as pessoas acabam perdendo o interesse por ela. “O Emil coloca a leitura em evidência e por isso tem grande papel como modificador do comportamento e da compreensão cultural e social do hábito de ler. Fazer isso em uma escala como o evento se propõe, traçando um panorama tão vasto da invenção literária atual, torna o evento ainda mais essencial para a cidade”. Para ela, o Emil tem tudo para se firmar no calendário cultural de São Paulo.

O Emil é realizado de forma conjunta pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), Academia Paulista de Letras (APL), Associação Nacional de Livrarias (ANL), Abrelivros, escolas, universidades, consulados e governos Federal, Estadual e Municipal. Por isso, o Emil acontecerá simultaneamente em vários locais, cuja programação poderá ser acessado através da ligação no fim do texto.

Entre os patrocinadores estão o Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A., Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Itaú Cultural.

Os parceiros do projeto são APL, ANL, CBL, Governo do Estado de São Paulo - através da Secretaria da Cultura, Prefeitura Municipal de São Paulo - por meio das secretarias de Educação e Cultura, Abrelivros e Folha de S. Paulo. In “Academia Paulista de Letras” - Brasil


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