Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Comissão Europeia – Apresentação de projetos de infraestruturas energéticas fundamentais

A Comissão Europeia adota uma lista de 195 projetos de infraestruturas energéticas fundamentais — designados por projetos de interesse comum — que irão contribuir para a realização dos objetivos da Europa em matéria de clima e de energia e constituir elementos essenciais da União da Energia da UE.

A Comissão Europeia adotou ontem uma lista de 195 projetos de infraestruturas energéticas fundamentais que irão contribuir para a realização dos objetivos da Europa em matéria de clima e de energia e constituir elementos essenciais da União da Energia da UE. Os projetos — designados por projetos de interesse comum (PIC) — permitirão a construção gradual da União da Energia integrando os mercados da energia na Europa, diversificando as fontes de energia e as rotas de transporte. Além disso, os PIC hoje adotados contribuirão para pôr termo ao isolamento energético de alguns Estados-Membros. Irão também incentivar o nível das fontes de energia renováveis na rede, reduzindo as emissões de carbono. Os PIC beneficiarão de processos de licenciamento acelerados e de melhores condições regulamentares e podem ser elegíveis para apoio financeiro no âmbito do Mecanismo Interligar a Europa (MIE). Foi atribuído às infraestruturas energéticas transeuropeias um orçamento de 5 350 milhões de EUR no âmbito do MIE para 2014-20, ajudando os projetos de interesse comum a serem executados mais rapidamente e tornando-os mais atrativos para os investidores.

Miguel Arias Cañete, Comissário responsável pela Ação Climática e a Energia, afirmou: «Infraestruturas energéticas modernas e fiáveissão essenciais para permitir à energia circular livremente em toda a Europa. Estes projetos permitir-nos-ão integrar os nossos mercados da energia, diversificar as fontes e as rotas de energia, e pôr termo ao isolamento energético de alguns Estados-Membros. Irão também incentivar o nível de energias renováveis na rede, eliminando as emissões de carbono. A transformação energética da Europa exigirá investimentos no valor de milhares de milhões de euros em infraestruturas estratégicas.» A lista de projetos contribuirá para garantir que os nossos fundos servem o nosso objetivo de assegurar aos europeus energia não poluente e a preços acessíveis.»

A lista de projetos constitui uma atualização da lista de PIC adotada em outubro de 2013. A lista inclui 108 no domínio da eletricidade, 77 no domínio do gás, 7 no domínio do petróleo e 3 no domínio das redes inteligentes. Foi igualmente conseguido um bom equilíbrio entre projetos de eletricidade e projetos de gás, graças à identificação dos projetos claramente prioritários no contexto regional.

Os projetos beneficiarão de uma série de vantagens:
- reforço da transparência e aperfeiçoamento das consultas públicas;
- aceleração do processo de licenciamento (prazo máximo obrigatório de três anos e meio);
- aperfeiçoamento, aceleração e racionalização da avaliação ambiental;
- centralização do processo de licenciamento numa única autoridade nacional competente;
- melhoria do tratamento regulamentar, mediante a afetação dos custos em função dos benefícios líquidos, bem como incentivos regulamentares;
- possibilidade de receber assistência financeira do Mecanismo Interligar a Europa, sob a forma de subvenções ou de instrumentos financeiros inovadores.

Para que um projeto possa ser incluído na lista, tem de demonstrar benefícios significativos para, pelo menos, dois Estados-Membros, de contribuir para a integração do mercado e uma maior concorrência, de aumentar a segurança do aprovisionamento e de reduzir as emissões de CO2.

Em princípio, as infraestruturas energéticas devem ser financiadas pelo mercado e através das tarifas pagas pelos utilizadores. No entanto, para dar resposta ao enorme desafio do investimento, a UE criou fundos como o Mecanismo Interligar a Europa (MIE) e o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), que contribuirão para mobilizar os investimentos necessários. No âmbito do MIE, em 2014 e 2015, foi atribuído ao cofinanciamento de estudos e de obras de construção o montante de 797 milhões de EUR para facilitar a execução dos PIC.

Desde a adoção da primeira lista de PIC em 2013 foram já concluídos ou entrarão em funcionamento antes do final de 2015 treze projetos. Além disso, prevê-se que cerca de 62 projetos venham a ser concluídos até ao final de 2017.

A Comissão desempenhou um papel fundamental no lançamento de muitos destes projetos, quer através de ações políticas e da facilitação de um comum acordo entre dois países sobre o caminho a seguir, quer através da prestação de assistência técnica e/ou apoio financeiro aos projetos.

A lista de PIC é atualizada de dois em dois anos, a fim de integrar novos projetos que se tornem necessários e de suprimir os obsoletos.

Contexto

A enorme necessidade de investimentos em infraestruturas energéticas foi uma das razões para propor em 2011 o regulamento relativo às orientações para as infraestruturas energéticas transeuropeias (Orientações RTE-E). As Orientações RTE-E fornecem um quadro estratégico para a visão a longo prazo das infraestruturas energéticas da UE e introduzem o conceito de projetos de interesse comum. Identificam nove corredores prioritários de infraestruturas estratégicas nos domínios da eletricidade, do gás e do petróleo e três domínios prioritários de infraestruturas à escala da UE: autoestradas da eletricidade, redes inteligentes e redes de transporte de dióxido de carbono.

A aprovação, por parte da Comissão, da lista final de projetos de interesse comum é o resultado de um processo rigoroso de identificação e avaliação efetuado pelos Grupos Regionais criados ao abrigo do Regulamento RTE-E. Os Grupos Regionais são compostos pelos representantes dos Estados-Membros, da Rede Europeia de Operadores de Redes de Transporte para a eletricidade e para o gás (REORT-E e REORT-G), dos operadores das redes de transporte nacionais e promotores de projetos, das autoridades reguladoras nacionais e da Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia (ACRE). As respostas à consulta pública foram igualmente tidas em conta. Por último, as listas regionais têm de ser aprovadas pelo denominado «órgão de decisão de alto nível», composto por altos funcionários dos Estados-Membros e da Comissão, após o que a Comissão pode adotar formalmente a lista da UE de projetos de interesse comum, através de um procedimento de ato delegado. Comissão Europeia

Mais informações

Lista completa de projetos de interesse comum por corredor prioritário:

https://ec.europa.eu/energy/en/news/commission-unveils-list-195-key-energy-infrastructure-projects

Ficha de informação sobre projetos de interesse comum: MEMO/15/6108

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