Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Macau – Escola Portuguesa de Macau ao serviço de Um país Dois sistemas

O subdirector do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM visitou pela primeira vez a Escola Portuguesa de Macau (EPM), uma instituição que caracterizou como “muito especial” e testemunha da prática da política “Um país, Dois sistemas”. Chen Si Xi reconheceu a importância da EPM enquanto escola onde se ensina o português, uma língua que vê o seu “prestígio” assegurado pela Lei Básica


















A Escola Portuguesa de Macau (EPM) tem uma história de apenas 18 anos, mas o seu progresso é inegável para o subdirector do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, que visitou a instituição de ensino pela primeira vez.

O percurso de “sucesso” teve origem em vários factores. “É um esforço da escola, dos professores e do Governo de Macau. Isso reflecte também que a política ‘Um país, Dois sistemas’ está a funcionar e tem vantagens”, afirmou Chen Si Xi, embora sem as enumerar. A EPM é também vista pelo subdirector como “um resultado das boas relações entre a China e Portugal”.

O ensino de línguas como o Português e o Mandarim foi elogiado pelo mesmo responsável que considera que “Macau para desempenhar um bom papel de plataforma de cooperação precisa de ter mais pessoas que dominem várias línguas e tenham visão abrangente”, sublinhou.

Neste sentido, são importantes quer o Chinês, quer o Português, que vê a sua importância reconhecida na Lei do território. “A Lei Básica assegura o prestígio do português”, apontou.

Chen Si Xi falava após uma visita à EPM e uma reunião que durou cerca de uma hora com a direcção do estabelecimento de ensino, entre outros responsáveis, e durante a qual foi feita uma breve apresentação da instituição, dos seus currículos e do percurso desde a sua criação até à actualidade.

Para o presidente da direcção, Manuel Machado, a visita mostra “o interesse que a República Popular da China tem pela Escola Portuguesa e pelas óptimas relações entre Portugal e a China”.

A visita à EPM decorreu de uma sugestão do presidente da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), Miguel de Senna Fernandes, que explicou a escolha. “Durante vários anos foram visitados o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes, as instalações da APIM e, este ano, inicialmente queriam ir à sede da Associação dos Macaenses, mas ela está em obras, por isso, sugeri a Escola Portuguesa, até porque esta é a primeira visita”. “Era importante que os representantes do Governo Central viessem ver como estão as coisas. Isso é fundamental”, destacou.

Obras de ampliação devem começar no Ano do Macaco

Por outro lado, estão planeadas obras de ampliação na escola, que José Luís Sales Marques gostaria de ver lançadas durante o Ano Novo Lunar que está prestes a começar. “Queremos que elas [as obras] se iniciem no Ano do Macaco, mas depende da nossa vontade e do trabalho que ainda temos que fazer, porque existem ideias, mas entre as ideias, fazer um estudo prévio e depois o próprio projecto, vai uma distância”, referiu o membro do Conselho de Administração da Fundação da EPM em declarações ao Jornal Tribuna de Macau.

Em causa está também o facto de não se tratarem de “pequenas obras de manutenção” mas sim de intervenções com uma certa dimensão, que “implicam eventualmente a construção de mais um piso na ala nova e o aproveitamento do seu terraço e depois a demolição e reaproveitamento do espaço onde está instalado o actual ginásio”, explicou.

Sales Marques mencionou ainda a eventual construção de um parque de estacionamento, sendo que não há ainda certeza quanto ao “tipo de parque a fazer”. O orçamento das obras também continua a ser um ponto de interrogação. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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