Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Moçambique - Bacia do Rovuma: Projecto de gás cria postos de trabalho

Um total de 820 novos postos de trabalho serão criados no país com a aprovação na passada terça-feira, pelo Conselho de Ministros, do plano de desenvolvimento do projecto FNLG Coral Sul, que visa a extracção e liquefacção de gás natural usando uma plataforma flutuante em alto mar.

Dos 820 postos de trabalho a serem criados 90 por cento serão preenchidos por mão de obra nacional a ser profissionalmente capacitada para o efeito.

A implementação deste projecto vai também permitir a captação de recursos externos através das operações de exportação de gás natural liquefeito, contribuindo para o reforço das reservas internacionais.

O projecto, a ser implmentado ainda este ano pela ENI East Africa, está localizado na área 4 da Bacia do Rovuma e numa primeira fase permitirá a extração de 4,7 triliões de pés cúbicos de gás natural e a produção de 3,37 triliões de gás natural liquifeito (LNG).

Segundo o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, o Plano de Desenvolvimento hora aprovado constitui a primeira fase, uma vez que se estima que na área 4 da Bacia do Rovuma existam cerca de 15,65 triliões de pés cúbicos de gás natural.

Assim, de acordo com a mesma fonte, os projectos subsequentes de exploração do remanescente gás natural do reservatório coral e de toda a descoberta e sua liquefacção serão objecto de planos de desenvolvimento específicos a aprovar oportunamente pelo Governo.

A aprovação deste plano vai catapultar o desenvolvimento da zona norte do país através de implantação de infra-estruturas básicas de apoio ao funcionamento operacional.

A descoberta, efectuada em Maio de 2012 e definida em pormenor em 2013, provou a existência de 16 biliões de gás natural de elevada qualidade a uma profundidade de mais de 2000 metros e a uma distância de 80 quilómetros da baía de Palma, província de Cabo Delgado.

O plano de desenvolvimento contempla a realização de seis furos e a construção e instalação de uma plataforma flutuante para o processamento de gás natural, que terá uma capacidade de 3,4 milhões de toneladas por ano.

O grupo ENI é o operador do bloco Área 4, com uma participação indirecta de 50% através da ENI East Africa, que controla 70% do bloco, sendo os restantes parceiros os grupos português Galp Energia, sul-coreano Kogas, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, todos com 10% cada, e a China National Petroleum Corporation, com uma participação indirecta de 20%. In “Jornal de Notícias” - Moçambique

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