Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Moçambique – Regadio de Chimunda prestes a estar operacional

O Regadio de Chimunda, no distrito de Govuro, na província de Inhambane, está em vias de operacionalização depois que, na semana passada, o Instituto Nacional de Irrigação (INIR) procedeu à divulgação do vencedor do concurso internacional para a selecção do gestor desta infra-estrutura hidráulica.

A empresa apurada é a Rajarambapu Agro Pty Ltd, de origem indiana com larga experiência na gestão de sistemas de regadios, conforme deu a conhecer a directora provincial de Agricultura e Segurança Alimentar em Inhambane, Filomena Maiope. Acrescentou que, neste momento, esta firma está a finalizar os processos constantes nos termos de referência para a gestão do empreendimento.

O Governo provincial de Inhambane indicou a gestão público-privada como a modalidade ideal por se considerar mais rentável e sustentável, principalmente para um regadio que envolve o sector familiar com poucos recursos financeiros para suportar os custos de produção.

As obras de construção do regadio de Chimunda terminaram em Setembro do ano passado e foram entregues pelo empreiteiro ao Fundo de Desenvolvimento Agrário, para implementar o projecto, em Dezembro de 2015, depois de feitas as correcções detectadas pelo fiscal nos ensaios que duraram cinco dias.

Paralelamente à construção do regadio que ocupa uma área de mil hectares, de onde foram retiradas algumas famílias para dar lugar às obras, o Governo do distrito de Govuro retomou, no ano passado, depois de um interregno para a mudança do construtor, a construção de residências para os agregados retirados do polígono daquela infra-estrutura de rega em Chimunda Scudo.

O governador de Inhambane, Daniel Chapo, que recentemente visitou aquela infra-estrutura hidráulica, orientou o Governo distrital para adoptar uma gestão participativa, onde as comunidades locais devem se sentir donas de tudo que está sendo idealizado pelo Governo no sentido de melhorar as condições das suas vidas.

Daniel Chapo disse que além da participação das comunidades na construção das residências no centro de reassentamento, toda a comunidade deve ficar informada de todos os detalhes para pôr a funcionar uma infra-estrutura que a própria comunidade pediu ao Governo para minimizar os baixos níveis de produção agrícola.

Dados em nosso poder indicam que o regadio de Chimunda terá capacidade de trabalhar em mil hectares. Neste momento decorrem trabalhos de lavoura de áreas para o ensaio.

Na fase de operação, pouco mais de 300 hectares serão distribuídos ao sector familiar. O sector privado vai ocupar mais de 600 hectares. As principais culturas a serem praticadas são milho, couve, tomate, amendoim, feijão nhemba, sorgo, batata-reno e cebola.

Para permitir maior desempenho dos produtores, o Fundo de Desenvolvimento Agrário colocou na casa agrária daquele projecto oito tractores com respectivos implementos, um camião para o escoamento da produção para os mercados, além de outro equipamento a ser gerido pela empresa contratada para dirigir as actividades agrárias naquele regadio.

Na primeira campanha serão colhidas naquela área cerca de 17 mil toneladas de culturas diversas. As estâncias turísticas na região norte da província de Inhambane, com destaque para o arquipélago de Bazaruto, serão os principais consumidores das culturas daquele regadio que custou pouco mais de 19 milhões de dólares norte-americanos. Victorino Xavier – Moçambique in “Jornal Notícias”

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