Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Portugal - Minas Ibéricas de Urânio, um perigo para as populações e ambiente

Dia 11 de Junho de 2016 em Cáceres este será também um dos temas em discussão. Fechar Almaraz, pôr fim ao ciclo nuclear, defender a sustentabilidade e o ambiente!

Tem uma longa estória a luta contra a mineração de urânio no nosso país. Ainda nos anos 70 do século passado grupos ecologistas, com 1ªs páginas de jornais denunciavam os riscos para a terra e as populações, assim como é óbvio para os trabalhadores dessas, das minas da Urgeiriça.

Desde o seu encerramento um forte movimento de ex-trabalhadores, com a presença relevante e incansável de António Minhoto, tem lutado continuamente pelo ressarcimento e direitos desses e suas famílias assim com a reabilitação destas terras devastadas.

Em Nisa, desde o final dos anos 80 que a tentativa de abrir um estaleiro tem esbarrado com a população local, grupos ecologistas e também o apoio solidário do movimento dos ex-mineiros da Urgeiriça.

O urânio é uma das pontas destapadas do ciclo de ruína e degradação da nuclear, que hoje aqui ao lado em Almaraz nos coloca, cada dia que passa em maior risco. O nosso Ministro do Ambiente está, todavia, descansado.

E também está descansado ou desinformado sobre o projecto de abertura de uma zona de mineração de urânio em Salamanca, Retortlillo, a poucos Kms de Portugal.

Um projecto rodeado de fumos de corrupção, envolvendo um ex-alto funcionário (do então Ministro da Agricultura e actual comissário da Energia Arias Cañete), que assessorou a empresa titular a Berkeley perante a Comissão Europeia que deu um parecer favorável a este. Conhecemos casos destes...muitos...

Pois a Audiência Nacional (Procuradoria) vai estudar a legalidade do licenciamento dado que sendo uma instalação nuclear de 1ª (nela será feito o enriquecimento) deve ser o licenciamento feito pelo intervenção do Estado e com uma declaração de impacto ambiental!

E para essa, para o estudo, deve ser tida em conta a posição e o envolvimento do Estado português, seja porque a emissão de rádio-isotopos não conhece fronteiras, seja pela possível contaminação dos friáticos desta zona. Andará o nosso ministro desinformado ou continua com a mesma confiança que também tem em relação a Almaraz?

Dia 11 de Junho em Cáceres este será também um dos temas em discussão. Fechar Almaraz, pôr fim ao ciclo nuclear, defender a sustentabilidade e o ambiente! António Eloy – Portugal in “Tinta Fresca”

António Eloy - Membro do Movimento Ibérico Anti-nuclear (M.I.A.)

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