Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 30 de agosto de 2016

FME-CPLP – Formalmente apresentada

A Federação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras da CPLP (FME-CPLP) nasce da necessidade de valorizar o contributo das mulheres para o desenvolvimento socioeconómico e empresarial dos seus países. Objectivo principal: gerar negócio, valorizar e afirmar a capacidade das mulheres nos vários setores da economia e dos negócios

A Federação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras da CPLP foi na passada quinta-feira formalmente apresentada, depois da Reunião de Assembleia Geral Constituinte que decorreu no passado dia 29 de Junho, em Lisboa. Maria Assunção Abdula (Empresária Moçambicana e administradora executiva da Intelec Holdings) foi eleita presidente da FME-CPLP para o mandato 2016/2020.

Da direcção e como vice-presidentes fazem parte mulheres representantes de cada país da CPLP: Angola (a indigitar), Brasil (Monica Monteiro), Cabo Verde (Eunice Mascarenhas), Guiné-Bissau (Munira Jauad Ribeiro), Guiné Equatorial (Maria Consuelo Nguema Oyana), Moçambique (Ema O. J. Mossa), Portugal (Felipa Fernandes Thomaz), São Tomé e Príncipe (a indigitar) e Timor-Leste (a indigitar). De salientar ainda que esta Federação tem a particularidade de incluir na direção os Representantes dos Países Observadores da CPLP.

Esta Federação pretende ser um agregador de mulheres dos nove Países de Língua Oficial Portuguesa e tem como foco principal gerar negócio, valorizar e afirmar a capacidade das mulheres nos vários setores da economia. A FME-CPLP estará, também, muito focada em criar e divulgar programas empresariais de financiamento que ajudem estas mulheres a expandir o seu negócio ou a criar um de raiz.

«Vamos trabalhar para valorizar o papel político, económico e financeiro da mulher nas diversas áreas de negócio, incrementar e melhorar as parcerias, o ambiente de negócios, o investimento e os modelos de cooperação entre as mulheres empresárias e empreendedoras», defende a presidente da FME-CPLP, Maria Assunção Abdula.

E reforça: «Queremos, com trabalho e empenho, dinamizar e gerar negócio em todos os setores, valorizar e afirmar a capacidade das mulheres em áreas ainda dominadas por homens como é a da energia e a do petróleo». De referir que a actividade do sector da energia é uma dimensão integrante da identidade dos Países da CPLP. Todos os nove países são possuidores de recursos fósseis e/ou renováveis, em potência e/ou em exploração. Em 2009, entre 2,4% e 2,8% da produção mundial de energia primária (fóssil e renovável) veio da CPLP.

Unidas pela língua, mas acima de tudo pela unidade na diversidade de valores, as mulheres da FME-CPLP querem também fazer despertar consciência social, criando projectos que alertem para outras questões como a igualdade de género. Recorde-se que, na IV Reunião de Ministras da Igualdade de Género e Empoderamento das Mulheres da CPLP, realizada em Maio, em Díli, Timor-Leste, ficou reconhecido que o empoderamento económico das mulheres e a sua autonomia económica, designadamente, através do empreendedorismo feminino, é um fator essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as metas da Agenda 2030.

«Estamos a falar de países com diferentes valores culturais, sociais e económicos mas também, com muito em comum, desde a língua, aos valores que partilhamos e que nos fazem grandes na igualdade e na diferença. Pessoal e profissionalmente somos capazes, porque somos mulheres de iniciativa e capacidade de fazer mais e melhor no mundo dos negócios», conclui Maria Assunção Abdula. In “Txopela” - Moçambique

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