Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Moçambique - A partir do próximo ano a alfabetização passa a ser em línguas locais

A alfabetização e educação de adultos passa, a partir de 2017, a ser em línguas locais mais faladas, com vista a facilitar o processo de ensino-aprendizagem.

Para tal, o Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano está já preparado, tendo mobilizado o corpo docente e o material didáctico.

O vice-ministro do pelouro, Armindo Ngunga, que revelou o facto ontem na Beira, província de Sofala, por ocasião do 8 de Setembro, Dia Mundial de Alfabetização, sublinhou que depois de dominar a leitura e a escrita numa língua nacional qualquer pessoa não terá problemas na Língua Portuguesa.

Segundo o governante, a iniciativa resulta do facto de apesar dos 40 anos de Alfabetização e Educação de Adultos em Moçambique ainda existir um elevado número de pessoas que não sabem ler nem escrever. Nesta condição estão três milhões de moçambicanos, sobretudo mulheres.

Para isso, referiu que é preciso que o país faça uma reflexão no sentido de cada um apreender a ler e a escrever na sua própria língua para que o Português seja de fácil compreensão.

O vice-ministro da Educação e Desenvolvimento Humano sublinhou que a alfabetização joga um papel de relevo em Moçambique, principalmente na educação da sociedade.

Referiu também que não se pode construir um país desenvolvido com elevado número de analfabetos, entre jovens dos 15 aos 18 anos de idade.

O problema de fundo, conforme considerou, é que muita gente que não sabe ler e escrever em Moçambique, paradoxalmente, já passou pelas escolas e depois desistiu.

Defendeu que as meninas devem permanecer nos estabelecimentos de ensino e apelou, nesse sentido, aos pais e encarregados de educação para contribuírem no combate aos casamentos prematuros e gravidezes precoces.

Numa mensagem apresentada na ocasião, os alfabetizadores voltaram a falar da falta de pagamento do subsídio aos voluntários, que no ano passado só receberam subsídios referentes aos primeiros quatro meses. Horácio João – Moçambique in “Jornal de Notícias”

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