Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Portugal - Cavalos-marinhos indefesos na Ria Formosa

Investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), situado no campus da Universidade do Algarve, alertaram recentemente para o manuseamento indevido dos cavalos-marinhos na Ria Formosa, na sequência de um longo acompanhamento da espécie durante o qual registaram um grande decréscimo da sua população, referiu a Organização Não Governamental (ONG) Pong-Pesca.

Embora não tenham identificado uma razão concreta para o fenómeno, os cientistas desconfiam de factores como a pesca, as actividades lúdicas e a poluição. Preocupados com a facilidade com que turistas e colaboradores de empresas marítimo-turísticas têm manuseado exemplares da espécie no local, os investigadores admitem que será difícil manter as suas populações saudáveis, refere a Pong-Pesca, citando um dos cientistas.

A situação agrava-se perante a forte susceptibilidade dos cavalos-marinhos a factores como a mudança de habitat ou a sobre-exploração, “potenciadas pelas particularidades da biologia e da ecologia das espécies deste grupo, designadamente, a baixa mobilidade, a reduzida capacidade de dispersão, a baixa fecundidade, os cuidados parentais especializados e de duração relativamente longa e a fidelidade ao parceiro”, refere a ONG, citando os cientistas.

Entre as acções que os investigadores promoveram na defesa da espécie, como a sensibilização ambiental entre as populações locais e instrumentos para estudo dos cavalos-marinhos, inclui-se o fecho do ciclo completo de reprodução da espécie em aquacultura, permitindo “o cultivo de cavalos-marinhos para fins de aquariofilia ou para possível repovoamento no meio selvagem”, referem os cientistas. In “Jornal da Economia do Mar” - Portugal

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