Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Internacional - Instalações de energia renovável superam em 2015 o carvão enquanto maior fonte de produção de energia

A Agência Internacional de Energia (AIE) revelou em relatório na passada terça-feira, 25 de Outubro, que a energia oriunda de fontes renováveis subiu no ano passado para o valor recorde de 153 gigawatts, o equivalente a 55% de toda a capacidade instalada no ano passado, superando pela primeira vez a capacidade de produção através de carvão.

"Estamos a testemunhar uma transformação nos mercados globais de energia graças às energias renováveis", afirma Fatih Birol, director-executivo da AIE, citado pela Bloomberg.

De acordo com o mesmo relatório, a adopção de novas fontes de energia ocorreu antes do acordo entre governos assinado em Paris no passado mês de Dezembro para reduzir as emissões de dióxido de carbono.

Prevê-se ainda que as energias renováveis atinjam o crescimento mais rápido nos próximos cinco anos, levando a agência a elevar as suas previsões de incorporação destas fontes alternativas. Por volta de 2021, espera-se que as fontes renováveis ultrapassem os 7600 terawatts/hora, o equivalente para sustentar actualmente as necessidades de consumo dos Estados Unidos e a União Europeia juntos.

Entre os vários factores responsáveis pela evolução, a agência sublinha o papel da crescente concorrência, do maior apoio político em mercados específicos e as melhorias tecnológicas.

A par do crescimento da utilização destas novas energias, a AIE antevê também uma redução dos custos associados a painéis solares e turbinas eólicas.

O relatório destaca quatro países a encabeçar os avanços na adopção de novas fontes de energia. A China foi responsável por 40% do aumento de capacidade energética renovável, com a instalação de duas turbinas eólicas por hora em 2015.

Nos EUA, destacam-se os apoios públicos à indústria com a extensão de crédito fiscal para o investimento em energia eólica, enquanto na Índia se espera um crescimento em oito vezes do aproveitamento da energia solar, atingindo os 76 gigawatts. O primeiro-ministro indiano Narendra Modi já prevê uma capacidade de 175 gigawatts em 2022, acima dos actuais 45 gigawatts.

O México prevê quase duplicar a sua capacidade energética renovável em 2021. O país regista um dos preços mais baixos por energia solar e eólica.

Já na União Europeia, o relatório prevê um abrandamento na produção de energia. Espera-se um crescimento de 21% a médio prazo, abaixo dos 62% registados nos últimos seis anos. Entre factores comprometedores do crescimento, a AIE aponta para o Brexit, as medidas alemãs para reduzir os custos de electricidade renovável aos consumidores e as limitações na Polónia à produção de energia solar e eólica. In “Jornal de Negócios” - Portugal

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