Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 22 de março de 2017

Macau – Protocolo de cooperação entre o Instituto Camões e o Instituto Politécnico de Macau

Amanhã, 23 de Março de 2017, será assinado um protocolo de cooperação entre o Instituto Camões e o Instituto Politécnico de Macau, no âmbito do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa, que prevê a criação de canais de comunicação e a divulgação mútua de actividades. Porém, a vertente mais importante é a possibilidade de acreditação pelo Camões das acções de formação de Português para docentes chineses na China Continental, organizadas pelo Centro do IPM. Para Carlos André, o documento é o “corolário” do trabalho desenvolvido pelo IPM em prol da Língua Portuguesa

O Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, e o Instituto Politécnico de Macau (IPM) vão assinar amanhã um protocolo de cooperação, que para Carlos André, coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do IPM, traduz a formalização do reconhecimento do trabalho feito pelo Centro relativamente ao ensino do Português na China.

Começando por frisar que o protocolo é um documento formal e “um instrumento excelente”, Carlos André considera que constitui o “reconhecimento por parte do Camões com tudo quanto isso significa, da actividade relevante que o IPM desenvolve no que respeita ao ensino do Português”.

“É muito significativo, porque se cria aqui o princípio da cooperação que se pretende que fique verdadeiramente enraizado. Não podemos esquecer que o Instituto Camões é uma instituição portuguesa com um papel político e o IPM é uma instituição chinesa, e neste sentido é particularmente relevante”, disse em declarações ao Jornal Tribuna de Macau.

Segundo explicou, o protocolo foi tratado no âmbito no Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do IPM e estabelece vários princípios, como a “permuta de informações permanente”, pelo que serão criados canais de comunicação entre as instituições. Destaca-se ainda o princípio da divulgação das actividades, o que significa que o Camões e o IPOR (participado em 51% pelo Camões), se comprometem a divulgar as actividades do Centro, que por sua vez terá de fazer o mesmo em relação às duas instituições portuguesas. Para além disso, o acordo estipula o acesso por parte dos docentes do Centro a instrumentos online que o Camões possui.

No entanto, o aspecto mais importante envolve as acções de formação de Língua Portuguesa que poderão ser acreditadas. “Se as nossas acções de formação, e aliás somos a única entidade envolvida em acções de formação na China, estiverem de acordo com os padrões do Camões, este considera a possibilidade de as confirmar”, revelou Carlos André.

“A possibilidade de certificar as acções é muito importante para os professores que frequentam as acções. No total, desde que começámos já ultrapassámos os 800 formandos, por isso é muito importante para eles”, acrescentou o coordenador do Centro, considerando esta possibilidade de acreditação e o protocolo como o “corolário de tudo” o que tem sido feito nos últimos anos.

Carlos André admite que o “nível de concretização vai depender do momento e das pessoas”, no entanto, mostra-se confiante no potencial do instrumento. “Vamos ver como evolui, mas estamos muito empenhados”, afirmou Carlos André, explicando que a partir da assinatura do protocolo haverá uma reunião entre as duas instituições, representadas por pessoas indicadas pelas mesmas, durante a qual será definido o plano de actividades.

O documento será assinado pelos presidentes das duas instituições, amanhã, 23 de Março de 2017, numa cerimónia a realizar no Consulado Geral de Portugal, no âmbito da visita a Macau e Hong Kong do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.  Liane Ferreira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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